Entre gregos e romanos o direito de usar anel era concedido aos cidadãos beneméritos, o metal empregado era o ferro. Entretanto, os sacerdotes de Júpiter podiam usar anéis de ouro, era o Anel Pastoral.
O Anel fez-se presente em diversas épocas e situações da história do homem. Assim, podemos relembrar o legendário anel com selo de Salomão, estrela de seis pontas, utilizado para afastar o mal.
No ano de 350 a.C. Aristóteles menciona um oráculo que utilizava o tilintar sincronizado de dois anéis presos a fios, indicando oportunidade a uma determinada ação.
Além disso, o mesmo filósofo mencionou o fato de os cartagineses oferecerem anéis aos seus oficiais a cada vitória alcançada.
Nesse sentido, reforçando a imagem de nobreza que o cerca desde os tempos mais antigos. Ademais, era sinal de grande honra o recebimento de um anel do príncipe ou nobre por um subalterno.
No ano de 330 d.C. no período do imperador Valentiniano, anéis eram pendurados sobre uma mesa que continha o alfabeto. Por isso, ao tocar determinadas letras eles revelavam o nome daquele que conspirava contra o imperador.
Da era paleocristã (400 d.C.) temos os anéis adornados com peixes, pombos e âncoras, remetendo aos símbolos da doutrina religiosa.
O anel do Papa, "o Anel do Pescador", apresenta a imagem do apóstolo Pedro pescando com uma rede. Esse é quebrado após a morte do Papa, para que não seja usado por mais ninguém.
As ligações dos Anéis com o Esotérico sempre foram muito intensas, ao utilizar pedras preciosas, os anéis podiam atuar como amuletos, elementos curativos, protetores, entre outros.
Dessa forma, no momento da morte o anel era retirado do indivíduo para facilitar seu desligamento do mundo material.
Na Literatura Ocultista encontramos pequenas "receitas" de como fabricar todos os gêneros de anéis capazes de fornecer poderes ocultos. Anéis quebrados simbolizam promessas rompidas e a perda do anel anuncia uma tragédia.
Porém, além de bonito e esotérico o anel mostrou-se também uma peça de grande utilidade ao homem. O Anel de Sinete, geralmente herdado, com seus símbolos heráldicos possibilitavam a autenticação de documentos importantes, além de reivindicar propriedades.
Em muitos desses anéis os brasões tinham símbolos que remetiam à honra, fidelidade, firmeza entre outros.
É o anel que une duas pessoas, como símbolo de noivado e matrimônio. Surgiu entre os gregos e romanos, importado do costume hindu de usar um anel de casamento.
A cultura romana acreditava que pelo quarto dedo da mão esquerda passava uma veia que estava diretamente ligada ao coração. Por isso, este foi o dedo escolhido para o uso da aliança, costume que perdura até os nossos dias.
A princípio, a Aliança era vista como "certificado" da compra da noiva e como aviso a outros de sua indisponibilidade. Um verdadeiro letreiro de "vendida. Aliás, a palavra inglesa wed (casar) origina-se do termo anglo-saxão para o penhor que ratifica uma promessa.
A partir do século IX a Igreja cristã adotou a aliança como símbolo de fidelidade entre os cônjuges. Existem muitas crenças acerca da Aliança. Por exemplo, em regiões da Escócia acreditava-se que se a mulher perdesse o anel de casamento perderia também seu marido.
Mas algumas culturas acreditam que se durante a cerimônia de casamento o anel cai no chão e rola para longe do casal representa um mau presságio.
Se o anel parar sobre uma pedra de túmulo (nas antigas igrejas era costume sepultar pessoas em seu interior) um dos cônjuges corre forte risco de morte prematura.
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